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HISTÓRIA :: Col. Ângulos da História « anterior
A Monarquia do Norte I (Ref.: 978-989-8137-03-6)
Autor: Rocha Martins 368p 14x20 ilustrado
 
22,21 €

   «A Monarquia do Norte» de Rocha Martins

   Esta obra em dois volumes cor­responde à reedição actual do trabalho do jornalista Rocha Martins (1879-1952) que era vivo ao tempo dos acontecimentos e entrevistou alguns do protagonis­tas duma época em que se ten­tou de novo estabelecer a Mo­narquia em Portugal. Em 19 de Janeiro de 1919, um grupo de militares e civis, chefiados por Henrique Paiva Couceiro, proclamou a Monarquia no Porto. Paiva Couceiro estava contra as atitudes internacionalistas dos Governos da I República e avançou com um grupo de conservadores, ex-republicanos e monárquicos para uma acção que definiu como patriótica e nacionalista. O rei D. Manuel II nunca sancionou nem incentivou essa revolta Esse foi um dos factores que contribuíram para a derrota de Paiva Couceiro e, a prazo, para a ascensão ao poder do Partido Democrático.

   Tal como na actualidade, era a classe média que em 1919 tudo ia aguentando: «Todos os dias apareciam no­vas casas de crédito; os palácios magníficos em que se transformavam os casarões pombalinos da Baixa eram todos templos do Dinheiro; um luxo desordenado se arvorava e os proletários unidos, sindicalizados, venciam nas suas reclamações, indo afectar a classe média, a escravizada, a esfaimada, mercê da sua inércia. O gran­de camartelo, o pilão rijo dos magnatas especuladores, descia sobre a bigorna do Trabalho, mas no meio encontrava falripas, palhas, destroços, um mundo enorme de desditosos que constituía um heterogéneo vazadouro: era a classe média».

   Jornalista que nunca deixou de o ser (Diário Popular, A Vanguarda, Jornal da Noite, Ilustração Portuguesa) foi na República depois de 1945 que José Rocha Martins viu os seus artigos gritados pelos ardinas - «Fala o Rocha, tá o Salazar à brocha!». Nestes dois volumes se faz História e se pratica com brilhantismo a suprema arte da reportagem.

   (Capa: Fernando Martins, Revisão: António Bárcia)

   José do Carmo Francisco




 


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